terça-feira, 30 de março de 2010

ISSO É UM COMEÇO



Parece que estamos incomodando!

Uma reunião para ouvir o que temos para reivindicar.

A multidão de defensores da EDUCAÇÃO PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO pede para ser ouvida!




sexta-feira, 26 de março de 2010

NOVO LAYOUT


Olha eu aqui!

IMPORTANTÍSSIMO

ALGUMAS VEZES É PRECISO PARAR DE TRABALHAR PARA REIVINDICAR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO

Replay - já que a grave continua e o governo não nos reconhece como EDUCADORES.

REFLITAM SOBRE O MATERIAL QUE SEGUE, SÃO DA APEOESP E DE COLEGAS PROFESSORES

Distorções - Notícias plantadas


Fiquem informados e espalhem para todos os cantos as verdades sobre a Escola Pública.
Pela dignidade!
Respeito!
Direitos!
E AMOR A MINHA PROFISSÃO!

ESTES SÃO OS MAIORES MOTIVOS DA MINHA LUTA! VOCÊS ME CONHECEM!




MOÇÃO DE REPÚDIO AO GOVERNADOR JOSÉ SERRA

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 2,5 milhões de profissionais da educação básica pública no Brasil, à qual a APEOESP/SP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo é filiada, vem a público repudiar a atitude do governador JOSÉ SERRA, que ordenou à Polícia Militar reprimir e prender professores que, revoltados pela falta de negociação para por fim à greve no estado, realizavam manifestação em Franco da Rocha.

O uso da violência - ou seu consentimento - contra trabalhadores é uma atitude autoritária e que fere os direitos humanos, além de remeter às práticas utilizadas pelo Regime Militar. Hoje, ações como essa, em um Estado Democrático e de Direito, são inaceitáveis. O mais grave é que a forma de agir, truculenta e excessiva, da Polícia Militar em situações de conflitos é reincidente no Estado.

Para a CNTE, esta interferência autoritária não vai desmobilizar os(as) professores(as) de São Paulo. Pelo contrário, vai servir para unir, ainda mais, força para lutar contra a destruição da educação pública de São Paulo, que vem sendo protagonizada pelo seu governo.

A CNTE defende que o papel do governo é o de promover o diálogo, na busca de uma alternativa pacífica como solução em situações de conflitos como a ocorrida. Prender professores que realizam manifestação em prol de uma educação pública de qualidade e em busca de valorização profissional não é digno de um governo eleito pelo povo.

Por último, esta Confederação se solidariza com a APEOESP, legítima representante do(as) professores(as) de São Paulo, e espera que seja encaminhada, com urgência, uma proposta concreta para as reivindicações da categoria, com o intuito de por fim o mais breve possível à greve.

Brasília (DF), 25 de março de 2010


Roberto Franklin de Leão
Presidente

CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
cnte@cnte.org.br
www.cnte.org.br
55 61 3225-1003 - Fax 55 61 3225-2685

MOÇÃO DE APOIO AOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO

A Federação dos Trabalhadores em Educação de MS-FETEMS, e seus 70 Sindicatos Municipais afiliados, vêm de público manifestar nosso Apoio e Solidariedade aos Trabalhadores em Educação Básica e Pública de São Paulo pela Mobilização coordenada pela APEOESP, contra o Governador JOSÉ SERRA, onde os mesmos reivindicam um reajuste de 34,3%, referente as perdas salariais.

Vamos a Luta, por moralidade e respeito, e contra esse governo antidemocrático e irracional do PSDB.

Abraços

Campo Grande-MS, 23 de março de 2010

Direção da FETEMS

O QUE O ALUNO ENSINA QUANDO O PROFESSOR ESTÁ EM GREVE?

Todos nós educadores já passamos por situações em sala de aula em que é necessário descobrir o culpado por algo de errado que tenha ocorrido e, quase sempre nos deparamos com o silêncio dos colegas que sabem quem é o culpado. Eles silenciam. Ninguém fala. Ninguém denuncia. Pode perguntar o quanto quiser que a resposta não aparece. Com muito custo se obtém a revelação do dono da culpa por alguém que a revela sigilosamente, no anonimato e não ali naquele momento.

Na maioria das vezes os educadores condenam esse comportamento de proteção e ocultação que existe entre os alunos, principalmente por se tratar de algo errado, um exemplo que não pode ser seguido, entretanto muitos educadores podem aprender muito com essa maneira do grupo agir.

Agindo dessa forma os alunos demonstram algumas virtudes, mesmo sabendo que esses momentos não sejam os melhores para revelarem tais espíritos, mas, o espírito de união fica escancarado em uma situação como essa. Também o espírito de solidariedade, companheirismo e irmandade acabam se revelando. Nessas revelações um agente ainda muito mais rico também fica a mostra. A força.

Eles se defendem e se unem desse modo mesmo sabendo que encobrem algo que não é certo. Imagine essa força quando se for defender algo que acreditam ser correto. É muito mais poderosa.

Nesse momento de paralisação de professores quero repudiar aqui essa falta de união da nossa categoria e isso, não é apenas conversa de professor grevista. ESTOU EM GREVE SIM, NÃO SÓ POR MELHORES SALÁRIOS. ESTOU EM GREVE POR NÃO SUPORTAR MAIS ESSE MODELO DE ESCOLA PÚBLICA QUE VIVEMOS. NÃO EXISTE ALGO MAIS FRACASSADO EM NOSSO PAÍS DO QUE A ESCOLA PÚBLICA. ESTOU EM GREVE PORQUE SEI QUE SOU VÍTIMA DE INJUSTIÇAS E MENTIRAS E MUITO ME INCOMODA FAZER PARTE DESSE FRACASSO.

Mesmo assim, com toda convicção e experiência que tenho da realidade da escola pública, no contexto geral, apesar de mostrar tantos guerreiros gloriosos, nosso movimento é fraco. O número de professores que lutam e gritam por não suportarem mais tanto descaso é pequeno quando comparado com a totalidade. Mas, o que podemos esperar?
Apenas a parcela que realmente tem garra, dignidade e acredita que seu trabalho tem realmente valor e não se conforma mais com essa realidade está dando um exemplo muito glorioso de raça. Coragem e dever de luta são jóias que não estão para todos.

O direito de aceitar ou não, paralisar ou não, faz parte das suas possibilidades Sr. Educador e deve ser respeitado por todos. Vivemos e buscamos uma democracia, cada vez mais ampla. Mas dói muito saber que a intelectualidade e o nível de consciência da grande maioria da nossa categoria não estão a altura da indignação e do protesto. Muito menos ainda se pode esperar do dever.

A grande maioria da nossa categoria age como se não fizesse parte disso. É lamentável se esconder por de trás de tantas desculpas e, todos nós temos nossos motivos. Porém, não se pode negar a omissão, a imparcialidade e até mesmo a covardia e o parasitismo que existe em nosso meio. Infelizmente é o retrato que acaba sendo revelado. O retrato das carências, debilidades e submissão.

Muitos de nós ficaremos sem o próximo pagamento e vamos estar em apuros enquanto veremos tantos dos nossos “colegas” sem esse problema. Porém, algo de muito reluzente estará em nossas faces. A nobreza da dignidade e o espírito de coragem de guerreiro permanecerão em nossas cabeças erguidas.

Nesses raros momentos em que podemos mostrar força só podemos contar com a minoria, entretanto, me sinto melhor e consolado por saber que entre nós existem tantos demonstrando idealismo, coragem, rejeição ao fracasso e combatendo a opressão.

A todos os colegas educadores que não participam, não aderem, fingem não ter relação com tudo isso - quero afirmar que continuarão a ser respeitados e confesso que tenho procurado entender que cada um tem seu motivo pelo comportamento alienado. Sei que apesar do salário que faria falta no final do mês e de tantas outras penalidades que poderia sofrer, com certeza deixaria seu nome “arranhado” no sistema. É compreensível.

DIRIGENTES, SUPERVISORES, DIRETORES e outros que recebem alguns míseros a mais para fazer parte e ajudar a manter toda essa opressão se omitindo de enfrentar essa péssima qualidade das nossas escolas públicas, demonstram comportamento lastimável e vergonhoso não só pela proteção escandalosa que garantem a continuidade deste mal que corrói, oprime e mantém a continuidade, mas, principalmente por demonstrar AUSÊNCIA DE DEVER E RESPONSABILIDADE SOCIAL para ajudar a exigir mudanças. Pela posição que ocupam na hierarquia deveriam assumir a linha de frente dessa batalha. Tal comportamento se não é criminoso é imoral e garante a continuidade da condição de submissão da população escolar.

Apesar de continuar lhes respeitando profissionalmente Sr.(a) “Educador (a)”...tal respeito vai estará carente do “neon”...da aura que enobrece nossa personalidade, nosso caráter e nosso senso de justiça e honestidade.
Aos grevistas, parabéns. Já são vitoriosos!

Prof. Wilson G. da Cruz – em apoio a luta
dos professores em defesa da escola pública.
Março - 2010

MOÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES DE SÃO PAULO

Brasília (DF) 19 de março de 2010

Senhor José Serra
Governador de São Paulo

Senhor Paulo Renato de Souza
Secretário de Educação de São Paulo


Prezados Senhores


A Internacional da Educação (IE), federação sindical mundial que representa mais de 35 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em educação, presente em 173 países por meio de 402 organizações associadas, sendo a CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação no Brasil, manifesta irrestrito apoio à greve dos professores do ensino oficial do Estado de São Paulo.

A IE entende que o movimento é legítimo diante da situação e condições enfrentadas pelos professores nas escolas do estado, e aproveita a oportunidade para expressar preocupação diante da intransigência do governo em negociar com o movimento grevista. Isso demonstra a falta de vontade política por parte do governo para uma solução à greve.

Nesse sentido, a Internacional da Educação expressa solidariedade com as justas demandas da APEOESP relativas à reposição salarial e demais reivindicações, que objetivam a valorização profissional e carreira digna aos professores.

Assim, a IE espera que seja encaminhada, com urgência, uma proposta concreta para as reivindicações da categoria, com o intuito de por fim o mais breve possível à greve e promover a educação pública de qualidade, com dignidade e reconhecimento profissional aos educadores e educadoras de São Paulo.

Atenciosamente,

Juçara Dutra Vieira
Vice-presidente da IE

CARTA ABERTA AO SR. GOVERNADOR JOSÉ SERRA,


PREZADO SR.,

Começo a me questionar, enquanto Educadora da Rede Pública do Estado de São Paulo, há dezessete anos, como conseguimos chegar a tamanho descaso e desconsideração com a Educação num momento tão decisivo para a história do país de crescimento acelerado quer econômica ou culturalmente falando.

Não consigo entender tamanha raiva e falta de diálogo que caracterizam o governo do Estado de São Paulo quanto à figura do professor.

Sinto um enorme pesar no tratamento a nós dispensado e não vejo motivo para tal.

Pergunto-me constantemente o que teria acontecido ao nosso governador atual, para deter sentimentos tão mesquinhos para com a nossa categoria.

Qual não foi meu espanto ao ser informada de que a mãe de nosso governador também exercera a nossa profissão, mas acredito que em momentos melhores do que estes por nós vivenciados.

Será que terá sido o fato de a mãe do candidato ter sido professora e seu tratamento com o filho ter sido tão traumático assim, a ponto desse trauma ser transferido a categoria inteira? Mesmo que fosse verdade, não haveria justificativa para generalizar toda uma categoria, na pior das hipóteses. Terá sido uma professora tradicional e autoritária do tipo “era da palmatória”?

Não sei o que causa tanto rancor para conosco, poderíamos justificar esse desdém psicologicamente falando como traumas da infância ou adolescência, ou ainda, o que seria mais verossímil, uma simples apatia ao grupo de servidores públicos em geral.

Por favor, entenda como um desabafo de alguém que não só fala em nome da categoria, mas que pretende que estas mal traçadas linhas possam levar à reflexão do nosso lado, dos conflitos que afligem a categoria e dos esforços que fazemos para superá-los, a fim de cumprir nossa missão.

Ao governador quero reiterar que os tempos passaram. Nós, da Educação acompanhamos essa mudança, nos atualizamos, já não há mais “palmatória”, hoje o cerne de nossa profissão está centrado no aluno e na qualidade de sua aprendizagem. A formação plena do educando enquanto cidadão consciente e participativo na sociedade a qual pertence.

Pode parecer que não, mas a nossa categoria entendeu a mudança e não se negou a aceitá-la, inclusive as Propostas Curriculares implantadas pelo governo, apesar de o Currículo Unificado ser tão criticado por parte dos grandes estudiosos educacionais da atualidade.

Contudo, não resistimos à mudança, oferecemos sim uma oportunidade a ela de melhoria à Educação, conforme preza toda a nova proposta curricular, mesmo que a mesma não seja tão boa quanto pretende-se que seja.
Não teríamos direito à consideração e valorização como um todo?

Por que, para tal, precisamos fazer uma “provinha” para ter direito a algo que já é nosso por direito, pois todas as categorias têm direito aos reajustes de perdas salariais. Não é uma recusa nossa o fazer a prova, mas sim a maneira como essa prova é imposta a nós como recompensa pelo que já é nosso.

Em que momento nossos governantes são avaliados para confirmar sua competência em nos liderar?
Vivemos períodos incertos, inseguros e de constante mudança, mas, com certeza, governador, seu grande inimigo não é o professor, assim como também não somos seus grandes fãs, pois precisamos de governantes abertos, flexíveis e que saibam ouvir a população e dialogar com ela, não um candidato tão fechado, sem diálogo algum e sem respeito ao funcionalismo público.

Reforço aqui que a grande diferença entre o reino animal racional e o irracional é justamente a habilidade de dialogar. Assim sendo, deixo aqui meu apelo ao governador que tente dialogar com a massa, conversar conosco, apresentar-se a nós, pois somos parte da população que, com certeza está avaliando o governo para além das “grandiosas obras públicas” que marcam seu mandato e são veemente veiculadas na mídia para sensibilização do povo.

Não se esqueça, no entanto, que somos seres humanos complexos em nossa formação pessoal, cultural e profissional e não serão “obras arquitetônicas” que garantirão novas eleições, pelo contrário, não se esqueça o lado humano, o afetivo e o respeito ao próximo. Não gostamos de ser humilhados e distanciados de nossa participação ativa na sociedade.

Lembre-se de que a consciência política da população aumentou consideravelmente a ponto de já ser possível diferenciar campanha política de realidade social.

Aliás, não é pela força, mas pelo diálogo, pelas constantes negociações e a escuta do outro que nos leva a compreender os problemas sociais e buscar respostas a eles.

Isso sim, pode levar a mudanças profundas e efetivas, capazes de transcender as portas das escolas e garantir a formação integral do Educando.

Educando responsável pelo futuro do estado e da nação.

Educandos a nós, professores, confiados pela sociedade.

Só queremos a preservação de nossos direitos, enquanto categoria, de exercer plenamente nossa função, no direcionamento desses pequenos aprendizes para o enfrentamento da vida e vida com qualidade.

Sr. Governador, não nos impeça de cumprir nossa missão. Se possível ajudar, ajude-nos, mas não nos “sucateie” com tantos massacres e descasos.

Não merecemos isso. Já sofremos o bastante e vivemos quase à margem de uma sociedade do consumo, pois nossos salários não são suficientes para usufruirmos dos bens que estão tão em voga.

Quando pedimos reajuste salarial o fazemos porque realmente estamos com salários defasados.

Por favor, reconsidere, reavalie nossos salários e veja, no fundo de sua alma, se você conseguiria sobreviver com apenas R$ 1.400,00 por mês.

Essa é a média dos salários pagos ao professor hoje por uma média de 40 h/a.

Não estou encontrando culpados, mas apenas tentando compreender o que tem acontecido conosco e como nos deixamos afundar tanto.

Por favor, reconsidere nosso caso, reveja com carinho, pois acredito que em meio a esse coração de pedra, deva haver, um último resquício de sangue humano, correndo nas veias e capaz de compreender as dificuldades pelas quais passam seus semelhantes.

É tudo o que peço. O governo tem como ajudar sim. A Prefeitura de São Paulo, uma máquina infinitamente menor do que a estadual, tem condições de oferecer aos seus professores condições melhores, por que então, apenas o Estado não conseguiria?

Pense nisso,

A categoria agradece...
Os pais agradecem...
E os alunos, ainda mais....

Elisama
subsede Osasco

Minha contribuição para nosso protesto

Não sei se vocês poderão publicar a imagem que estou enviando.
Mas, mesmo assim, vou mandar minha contribuição.
Trata-se do desenho, feito por uma ex-aluna minha a meu pedido, de um palhaço
representando um professor.
Depois de ter desabafado com esta aluna e ter contado para ela o meu desejo de ver
este desenho no papel, ela rapidamente o criou para mim.
Foi exatamente desta forma que me senti no final do ano passado, quando em minha escola,
os alunos retidos no conselho de classe, foram aprovados pela vice-direção, após entrarem com recurso.
Bom... esta história é longa e não cabe contá-la agora.
Creio que este palhacinho me representa novamente neste momento que estamos vivendo.
Só ainda não apareci com ele numa camiseta, na avenida Paulista, porque não tive tempo
de mandar fazer. É isso!

Profª Maria Lúcia dos Santos

Professora


SOU PROFESSORA APOSENTADA MAS ESTOU DANDO TOTAL APOIO A ESSA GREVE, QUE É POR UM MOTIVO JUSTO. CHEGA DE PROFESSORES MAL REMUNERADOS, SEM ESTÍMULO PARA ENTRAR NUMA SALA DE AULA PARA DAR A SUA TÃO SOFRIDA AULINHA. E O VALE REFEIÇÃO? QUE RIDÍCULO ESSE VALOR ! É POR ESSES E OUTROS MOTIVOS QUE VOCES DEVEM CONTINUAR ESSA GREVE ATÉ A VITÓRIA!

PROFESSORA


Há 28 anos professor de história, dentro de salas de aulas

"Infelizmente a destruição completa da escola pública continua. Os adultos que fizeram uma boa escola pública, na maior parte das vezes, se calam diante dos desmandos do governo estadual paulista. Mesmo as escolas técnicas estão infinitamente pior do que estavam há 10 anos atrás.

Pergunto sempre: Como os adultos, os meios de comunicações se calam diante de tanta barbaridade feita nas escolas estaduais paulistas? Como pode o Ministério Público nada fazer, quando o governo estadual sequer faz a reposição da inflação do ano anterior, aos professores, reposição essa que é direito constitucional? Como podem ficar quietos quando eles próprios ganham um salário astronômico? Como pode o governador José Serra ganhar mais de 16 mil reais por mês, ter garantido sua reposição anual de inflação e fazer isso com aqueles que ensinam as pessoas a ler, escrever, ter cultura, ser um cidadão completo?

Os professores da Escola Estadual "Culto à Ciência", resolveram PARAR dia 19, sexta-feira, diante de tantos descalabros e MENTIRAS propagadas nos meios de comunicação. Onde há dois professores por classe? Quem disse que professor começa o salário com 1.800 reais? A balela de professor ganhar 3 mil ou mais reais por mês... Quem disse que há salas de computação funcionando nas escolas? Quem disse que há material para todos os alunos? Quem disse que não há certo "terrorismo" por parte de diretores, em determinadas escolas?

A própria mudança da grade curricular. Os alunos paulistas deixam de ter, no Ensino Médio, mais de 300 anos de História do Brasil. Um povo que não conhece a própria história, fica a mercê de desvios psiquiátricos governamentais, a mercê dos abusos e das corrupções políticas. Um povo que NÃO CONHECE a sua história, não conhece a luta da IMPRENSA LIVRE em bem informar a população. Aí, como desejam os jornalistas, os editores, os donos de jornais, que a população os apoie na luta pela Democracia e Liberdade de Imprensa, se eles próprios concordam com a destruição da história da Pátria no sistema escolar paulista?

As provas seguidas de avaliações de professores, pura balela que não prova nada, não aumenta o salário de todos: poderá aumentar o salário de, no máximo vinte por cento dos professores e se o governo tiver dinheiro (coisa que nunca tem porque desvia tudo o que pode para as privatizações das rodovias estaduais), depois de tantos anos, terão 5% de aumento sobre o salário base e não o salário total. O nosso salário é constituído de várias gratificações e quando aposentamos, o pouco que ganhamos fica menor ainda. Tantas informações MENTIROSAS passadas à população.

No presente ano o governo estadual mudou as regras dos resultados do Saresp, para que a população não perceba que simplesmente, DESPENCOU o índice de aproveitamento dos alunos em TODAS as matérias. O pior índice de aproveitamento da história do estado de São Paulo. Catástrofes anualmente seguidas no ensino público.

Que os adultos coloquem a mão na consciência e vejam o que os seus filhos estão passando.

Por isso e muito mais, os professores do "Culto à Ciência", uma escola com 137 anos de bons serviços, irão parar nessa sexta-feira.

José Carlos Rocha Vieira Júnior.

Há 28 anos professor de história, dentro de salas de aulas.

Escola Estadual "Culto à Ciência".

ACORDA MACACADA!!!


Se trabalho e tô no galho,

do galho não pulo para não enforcar.

Enquanto o governador da macacada,

pensa que eu não penso e não vou revoltar.


Enquanto ele come do bom todo dia,

nem pensa na família minha.

Arrota de buxo cheio com alegria,

me deixando com um vale coxinha.


Na saúde determinou genérico para nação,

pretensão sem nenhum mistério.

Fez o que fez e ganhou a eleição,

agora quer generalizar o magistério.


Mas isso já era de se esperar,

de um governo ditador.

Que distribui várias mentiras,

só pra ganhar eleitor.


Um por cento deverá ser de votos,

dos seus cargos comissionados.

Eles elegerão o presidente,

da gestão desconfiados.


Não usem a serra elétrica,

nem ao menos o serrote.

Se tentamos um acordo,

logo vem o corte.

E o governador no seu camarote.


Acorda macacada!

Tá na hora de evoluir.

A luta é nossa e tá marcada,

a hora é essa, não dá pra fugir.


Professor Eder E. Carvalho

São Carlos - SP

No meio da Paulista

No meio da Avenida Paulista

Estava o governo.

Estava o governo

No meio da Avenida Paulista.

No meio do caminho tinha uma treva.

Era o governo.

Tinha uma treva no meio do caminho.

Nesse caminho trevoso estava o governo.

Governo ditador,

Fascista,

Mentiroso,

Enganador.

No meio da Paulista tinha tudo isso.

Tinha um governo ditador.

Não recuamos,

Não desistimos,

Não desviamos.

Passamos em cima do governo;

Seguimos o caminho!

Agora pelo extenso caminho

Caminhava a democracia.

Incansáveis na luta

Por uma educação de qualidade,

Não fraquejamos diante às adversidades!

(Prof. Giomário Nunes Torres)

A verdade sobre José Serra e a educação paulista

Estamos em ano de eleição e, portanto, é hora de prestarmos atenção aos possíveis candidatos para que o nosso voto não seja motivo de mais mazelas sociais causadas por más administrações. Sabemos, no entanto, que nos manter informados quanto ao que realmente acontece em nossa sociedade não é tarefa fácil, uma vez que boa parte da grande mídia está a serviço do capital e de partidos políticos – geralmente conservadores.

É por essa razão que, por meio desse e-mail, queremos informar a todos o que realmente acontece na educação paulista, uma vez que possivelmente o Sr. José Serra se candidatará ao cargo de presidente da República neste ano.

Acreditamos na Internet como um meio eficiente de fazer ouvir a nossa voz, quando o governo e a mídia, por conta dos seus interesses eleitoreiros, querem nos calar e difamar a todo custo.

Um exemplo dessa atitude criminosa da mídia golpista é a mateéria que, recentemente, foi pblicada no Estadão. Dentre outras insinuações, o jornal acusava os professores da rede estadual de entrar em greve como
um pretexto para ficarem de “braços cruzados”, um jeito “sutil” de classificar a categoria como preguiçosa.

O jornal “esqueceu-se”, no entanto, de contar aos leitores os reais motivos da paralisação dos professores. Este e-mail, portanto, pretende impedir a manipulação asquerosa promovida por esse e por outros jornais de grande circulação, contando o que de fato acontece nos estabelecimentos de ensino do estado de São Paulo e que motivou a
greve.

SEGREGAÇÃO DA CATEGORIA

O governo Serra dividiu os professores em categorias com letras sugestivas como O de otário, L de lixo, F de f*****, etc, como se fôssemos gado marcado a ferro quente nas costas com as iniciais do dono.

O intuito disso é muito simples: segregar a categoria, jogando professores uns contra os outros, numa clara tentativa de enfraquecer a categoria, facilitando a aplicabilidade dos desmandos do governo tucano.

A verdade, no entanto, é uma só. Somos todos professores, e temos – ou deveríamos ter pela lógica mais pueril – os mesmos direitos. Na prática, porém, não é o que acontece depois da invenção das malfadadas “letrinhas”. Cada categoria de professores é totalmente diferente da outra.

A DUZENTENA

Os professores da categoria O, por alguma razão ilógica que ainda estamos tentando compreender, após término de contrato, terão que ficar 200 dias afastados das salas de aula. Isto significa que, se um professor está cobrindo uma licença de três meses, após esse período cessa o contrato e ele precisa ficar 200 dias em casa.

As perguntas óbvias que surgem imediatamente são: Acaso deixaremos de precisar trabalhar durante 200 dias? Nossos filhos deixarão de comer durante 200 dias? Sob quais argumentos o governo aprovou uma lei tão
absurda e sem sentido? O que parece é que a lei é um desestímulo a que os professores participem das atribuições de aula, e cubram licenças como professores eventuais, o que acontece muito.

Isso porque um professor contratado exige que se recolha INSS, que se pague horas de HTPC, dentre outros benefícios que o eventual não tem.

MATERIAIS DE PÉSSIMA QUALIDADE

Há alguns anos o governo tucano de São Paulo vem enviando às escolas revistas com aulas já prontas – tirando toda a autonomia e liberdade do professor. Tais revistas são de péssima qualidade, apresentando erros grotescos, propondo exercícios patéticos que pouco ou nada contribuem para o avanço dos alunos.

SARESP NÃO MOSTRA A REALIDADE DOS ALUNOS PAULISTAS

Os índices do IDESP – que somam índice de aprovação de alunos e desempenho na prova do SARESP – estão longe de revelar a realidade das salas de aula no estado de São Paulo. A verdade é que, com a "progressão continuada", isto é, a obrigatoriedade de aprovar um aluno de um ano a outro, a menos que este exceda o número de faltas
permitidas, é muito fácil manter um índice alto de aprovação de alunos, sem que isso signifique necessariamente que eles possuem as competências e habilidades que deveriam possuir.

Ademais nos resultados do SARESP o que vemos são textos asquerosos que tentam intensificar avanços pequenos, e minimizar atrasos significativos. O governo tem o péssimo hábito de atribuir a suas políticas educacionais os méritos dos avanços dos alunos, e lançar apenas ao professor a responsabilidade pelos regressos.

SALAS LOTADAS

Há um grande número de alunos por sala de aula, o que dificulta o trabalho dos professores, fazendo com que o ensino não tenha a mesma qualidade que poderia ter caso o número de alunos fosse reduzido. Além disso o governo prometeu que colocaria dois professores por sala na primeira série do Ensino Fundamental I, e isso não é o que temos visto. Ao contrário, o que vemos são PEBs I com 40 crianças de cinco e seis anos sem que haja o prometido professor auxiliar.

PROVÃO DOS ACTs

Está claro que o governo pretende com o provão dos ACTs passar a idéia ilusória de que os supostos “professores incompetentes” serão afastados das salas de aula, o que seria um avanço na educação, uma inovação desse governo. Isto porém não passa de mais uma medida para fazer com que o povo acredite que a educação está melhorando graças ao governo Serra. Também é um meio de jogar a responsabilidade pela falência da educação sobre as costas dos professores, classificando-os como incompetentes, para não assumir a parcela farta de culpa do
governo tucano que sucateou o ensino.

AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO E VALE-TRANSPORTE

Quanto a essa parte não é preciso dizer muita coisa. Não é à toa que os colegas apelidaram o vale-refeição de “vale-coxinha”. Quem consegue receber o “benefício” sabe que ele é tão vergonhoso quanto o nosso
salário.

PROPAGANDA ENGANOSA

O governador José Serra, com claros interesses eleitoreiros, tem veiculado propagandas na mídia que mostram uma realidade falseada da educação paulista. Nessas propagandas o salário dos professores é ótimo, a educação avança vertiginosamente, etc. Na prática qualquer professor sabe que isso não é verdade.

SALÁRIOS MISERÁVEIS

Freqüentemente somos acusados pela mídia golpista a serviço do PSDB de mercenários, simplesmente porque lutamos pór salários dignos. Parece que a imagem que se tem do professor é a mesma do “voluntariado”.
Nós professores temos famílias para sustentar, temos contas a pagar, dedicamo-nos não somente dentro da escola, mas também em nossas casas, já que é no lar que nos atualizamos, corrigimos trabalhos, planejamos
aulas. O salário base de um professor hoje não chega a R$ 950,00, o que é muito pouco para um trabalho que exige de nós muito tempo.

FALTA DE CONCURSOS PÚBLICOS PARA EFETIVAÇÃO

Vem do período da ditadura militar essa insistência em manter professores temporários na rede. Hoje esses professores são parte significativa de todo o efetivo da categoria. O número de temporários
ultrapassa os 80.000 professores. Isso gera algumas dificuldades na hora de aposentar-se, e não dá
acesso a alguns benefícios que o efetivo tem. É verdade que agora – em ano de eleição – o governo realizará um
concurso público para efetivação de professores. No entanto o número de vagas é ridículo, pouco mais de 10.000. Precisamos de muito mais vagas para substituir todos os temporários da rede.

PROFESSORES NÃO FORMADOS ATUAM NA REDE

O governo, que vez ou outra coloca professores de “reforço”, como está acontecendo com os educadores da disciplina de matemática, e que quer demonstrar tanto rigor na contratação de professores com provas eliminatórias, na verdade permite que alunos de faculdade – ainda não formados – bacharéis e tecnólogos – que não passaram em sua graduação por disciplinas relacionadas à prática pedagógica, lecionem tranqüilamente na rede pública.

Preste muita atenção em quem você vai votar. A mídia e o governo estão tentando jogar a sociedade contra os
professores, ao mesmo tempo que tentam abafar as reais dimensões da greve para que a imagem do “candidato das elites” não saia arranhada e atrapalhe suas pretensões políticas.
(prof. Luciano Lira)

A diferença entre um professor estadual e um deputado estadual do Serra

O DEPUTADO: ELE FALA

O PROFESSOR: EXPLICA

O DEPUTADO: ELE ACHA QUE É

O PROFESSOR: TEM CERTEZA

O DEPUTADO : FALA UMA PARTE DA HISTÓRIA QUE INTERESSA A ELE

O PROFESSOR: CONTA TODA A HISTÓRIA

O DEPUTADO: NÃO DIZ A SUA FONTE DE INFORMAÇÃO

O PROFESSOR: MOSTRA, POIS FAZ PARTE DA PROFISSÃO

O DEPUTADO : VOCÊ SÓ VÊ NAS ELEIÇÕES

O PROFESSOR: VOCE VÊ TODOS OS DIAS

E o salário.......
(Professor Nevile Damarino)
Poema

Chegando ao vão do MASP

Vi um mar de professores.
Também tinha a força bruta
Sempre fieis opressores.
Tomando toda Paulista
União de educadores.

Lembrando os ditadores
A polícia militar
Que fechando a Paulista
A marcha quis dispersar.
Mas a nossa persistência
Passeata faz passar.

O Serra manda filmar,
Mas só diz que é um por cento
Vai chegando a sua hora
Ele perderá o acento.
Bota fora do Palácio
Terá fim esse tormento.

Eu digo que não agüento,
Mas sigamos a lição.
Continue firme na luta
Forte organização.
A greve caminha em frente
Com muito mais adesão.

Paulista , Consolação
É palco dessa batalha
Não dá pé se for à Sé
Seria uma grande falha
No MASP a céu aberto
Na luta semente espalha.

Contra a corja de canalha,
Sexta-feira vai encher.
Prepare a sua escola
História vai escrever.
A lição vai ser na rua
Dessa vez vai perceber.

AUTOR: NANDO CORREIA
Agora é greve!

Queremos trabalhar com dignidade

Desde o dia 05/03/2010 as categorias "todas"de professores do Estado de SP estão aderindo ao chamado para a greve das lideranças sindicais, que vem tentando negociar melhores condições de trabalho, bem como reajuste salarial e não conseguem ser ouvidas. Para vocês terem uma ideia do descaso do governo, a mídia, não confiável, enxerga 1% de professores em cada uma das paralisações quando na verdade se comprova quase 60 mil professores concentrados na região central de SP.

Um colega fez o cálculo da concentração de professores na paralisação do dia 19/03.

Veja como é simples:




Em relação ao editorial "As greves contra Serra"

As manifestações que os professores da rede estadual têm realizado nos locais onde o governador comparece são absolutamente naturais no momento em que estamos em greve reivindicando reajuste salarial e melhores condições profissionais e educacionais. Queremos a abertura de negociações e o governo recusa o diálogo. Os professores se dirigem, portanto, ao chefe do Executivo, pleiteando que negocie.

Alguns órgãos de imprensa desinformam ao fazer ilações entre a APEOESP e partidos políticos, desviando o foco da cobertura de sua questão central: temos reivindicações e queremos negociar. A APEOESP e demais entidades do magistério têm caráter sindical e sua atuação é pautada pela categoria, em deliberações públicas e democráticas, e não por partidos políticos.

Em todo o caso, a grande massa de professores realiza uma amarga experiência com este governo, que não dialoga, e poderão, sim, definir suas preferências partidárias e eleitorais considerando esta experiência.


Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da APEOESP
Membro do Conselho Nacional de Educação

quinta-feira, 25 de março de 2010

Algumas vezes é preciso parar de trabalhar para reivindicar melhores condições de trabalho!

Queridos,
hoje é um dia sério na minha vida, porque parei para decidir sobre postar nesse nosso canal de comunicação os assuntos da greve.
Decidi mantê-los informados, pois esta mídia ( o nosso blog ) tem um pilar informativo.
Também porque essa situação de greve impede que desenvolvamos nosso conteúdo da forma como havíamos combinado.

É claro que GREVE é sempre último recurso. Claro que professores sabem disso.

Portanto quando decidimos parar para que o governo do estado ouvisse nossas reivindicações, foi porque ele nos ignorou ao longo de muitos meses tentando uma negociação.
É importante que vocês, comunidade para quem trabalhamos, estejam nos apoiando, pois os motivos da nossa luta serão revertidos em benefícios para o melhor Ensino Público ao qual vocês têm direitos pela Constituição Nacional, direitos que são tirados e vocês nem percebem, porque a mídia é tendenciosa ao governo do estado. E não divulga as verdades que realmente interessam.
Espero a compreensão de todos vocês, também de seus familiares. Sei que há transtorno, pois os pais trabalham e não ficam tranquilos com vocês fora da escola, é um espinho para cutucar e talvez criticar o professor, mas seguem alguns documentos para a comunidade que fará com que todos, ao lerem, compreendam os nossos motivos.